terça-feira, 17 de abril de 2007

ओस असिदेंतेस ए आ mídia

वाले लेर:
"Quarta-feira, 11 de Abril de 2007

O desserviço prestado por parte da mídia em relação aos acidentes rodoviários
Mini-editorial do O Globo de hoje (pág. 8) diz o seguinte:"TEMEROSAS com o risco de serem supreendidas no feriado por mais um curto-circuito aéreo, muitas pessoas se aventuraram nas estradas.FUGIRAM DA ameaça de um apagão e encontraram outro: pistas mal conservadas, atulhadas de veículos, vários conduzidos de forma irresponsável.O RESULTADO foi o aumento de mortos e feridos em relação à Semana Santa anterior, a ser debitado ao apagão de infra-estrutura que o país enfrenta."Esse mini-editorial tem a ver com a matéria de ontem, que continha algumas informações fundamentadas em pesquisas e outras que saem da cabeça de alguém e ganham status de verdade, ainda que sem base científica alguma. Juízos sem fundamentação. Vamos às afirmações e juízos que farei, devidamente fundamentados, que mostram o desserviço prestado por matérias e editoriais como esses:1. A principal causa de situação de insegurança nas rodovias e de acidentes é a imprudência dos motoristas. Isto é constatado pelas pesquisas do IPEA, recentemente apresentadas com dados atualizados. A Pamcary, gerenciadora de riscos com milhares de acidentes com caminhões, estudados minuciosamente, informa que as principais causas são: excesso de peso por eixo e cansaço (aliado ao uso de anfetaminas e outras drogas). Em terceiro lugar vem a condição peculiar de uma rodovia, normalmente combinada com os dois fatores principais: a existência de uma curva mais fechada, durante uma descida. A existência de curva mais fechada, normalmente, tem a ver com as condições do relevo, em regiões onduladas ou montanhosas.2. A Pesquisa do IPEA - sobre os custos dos acidentes rodoviários - mostra que o maior se dá na malha rodoviária estadual paulista, reconhecidamente a melhor do país, com padrões nódicos. Então, onde está a relação entre estradas mal conservadas e acidentes?3. As rodovias não estão em condições precárias de conservação. Desafio a qualquer um a procurar na pesquisa da CNT - feita em julho de 2006 - algum dado que confirme essa afirmação. Ao contrário, a pesquisa mostra que os pavimentos e a sinalização, das 109 ligações rodoviárias, apresentam médias 79 e 71, respectivamente. Isso numa amostra de 55 mil quilômetros, sendo 37 mil de rodovias federais e 18 mil de estaduais. Na avaliação específica dos pavimentos, a pesquisa mostra que apenas 10% do total pesquisado apresenta predominância de buracos, inclusive nos acostamentos. De lá para cá, tanto o governo federal como os governos estaduais já investiram alguns bilhões de reais em suas malhas, inclusive com um inédito Programa de Sinalização em que o DNIT está restaurando as sinalizações horizontal e vertical de 48 mil quilômetros.4. Finalmente, é uma enorme bobagem fazer qualquer conexão entre as crises do setor aéreo, provocadas pelos controladores, e o aumento de viagens de automóveis, ônibus, motos e caminhões. Este aumento tem a ver com o crescimento da economia, que gera mais viagens todos os dias e, especialmente, nos feriadões.Portanto, se a mídia quiser prestar um bom serviço para reduzir os acidentes e a mortalidade tem que ir na principal causa: a imprudência e a agressividade dos motoristas, especialmente, os de carros de passeio.
Postado por José Augusto Valente às 09:58 (इन: http://logisticaetransportes.blogspot.com/2007/04/o-desservio-prestado-por-parte-da-mdia.html )

segunda-feira, 16 de abril de 2007

imperdível

Um bom teste sobre caráter:

"Onde começa e termina a ideologia (um divertido esboço)
Para descobrirmos a ideologia de uma pessoa, basta saber como ela trata
seu dinheiro.
IVAN OSÓRIO (1)
Para identificarmos um mau caráter, basta observar como ele trata as
crianças. Se ele as despreza ou humilha, não é incontestável, mas o cara
tem boas possibilidades.
NAILA FREITAS (1)
Caso 1. Meu primo J.R. é engenheiro e não sei se é de esquerda, centro ou
direita. Ele gosta de dormir, mas tem que chegar ao trabalho às 8h da
manhã. Então, calculou a forma mais otimizada de fazê-lo. Sabe como deve
fazer para dar o menor número de passos dentro de sua casa e o algoritmo
ideal para não precisar entrar duas vezes no banheiro. Sabe igualmente as
melhores ruas para trafegar e que, acordando às 7h10, pode ficar 3 minutos
rolando na cama. Nem mais, nem menos. É organizado, confiável, correto,
bem humorado. Parece viver feliz. Ele é inteiro. (2)
Caso 2. Meu amigo A. é matemático e comunista. Ele gosta do trabalho de
sua empregada, a Nenê, que vai a sua casa há trinta anos, três vezes por
semana. Eu soube que um dia A. chegou em casa fora do horário habitual e
Nenê estava lá, sentada, olhando pela janela. Não era dia de faxina e ele
perguntou o que ela estava fazendo. Ela respondeu constrangida que estava
com problemas em casa e achou que podia passar alguns momentos de
tranqüilidade no apartamento dele. Ele arranjou uma desculpa, pegou
qualquer coisa sobre a mesa e disse-lhe que ficasse à vontade. A
propósito, ele é inteiro. (2)
Caso 3. Meu amigo T. é ecologista e pensa ser um liberal de esquerda.
Gosta de criar belas metáforas e analogias para ornamentar seus discursos,
mas nem todos as entendem. Sabe como criá-las utilizando suas idéias. São
bonitas. Quando estava por se separar, pensou se não seria ecológico para
sua alma tentar fazer renascer o amor entre ele e sua mulher. Deu certo. É
adorado por ela. Hoje estão juntos. Sob outros acordos. Ele é inteiro. (2)
Caso 4. Minha amiga P. é violinista, budista e de direita. Ela gosta de
Bach e tatuou aqueles dois esses que furam o tampo frontal dos violinos e
violoncelos, ladeando as cordas. Ela os têm ladeando sua espinha dorsal,
pouco abaixo da nuca, como se ela toda fosse um violino. Ficou sexy, sabe?
Que som terá? Como budista, ela tenta aprimorar-se e evoluir em tudo. Em
dez anos, tornou-se excelente musicista e a mulher mais agradável,
interessada e gentil que conheço. É impressionante como nos sentimos bem
com ela por perto. Ela é inteira. (2)
Caso 5. Minha amiga X. é a socióloga e intelectual de esquerda mais culta
que conheço. Gosta de pontificar brilhantemente durante horas, mas não tem
tempo para tornar-se militante de nada, só do instituto de beleza.. Sabe
como poucos amassar adversários em discussões. Era casada com meu amigo I.
que é de centro. Quando se separaram, ele entrou em depressão, parou de
trabalhar e perdeu muito dinheiro. Orientada pelo pai, ela fez com que ele
assinasse a passagem de todos os bens para ela, além de ter negociado um
acordo que, a rigor, o arruinaria. Ela é... Os cacos do espelho
espalharam-se pelo mundo. (3)
Caso 6. Minha amiga D. é psiquiatra, de direita e filha de um rico
empresário. Gosta de seu marido Y., um químico remediado que, por sua vez,
gosta de gritar-lhe palavrões, mas ela acha que precisa dele. Sabe dar
conselhos, a psiquiatra. Disse a seu amigo I. (Caso 5) que tinha achado
positivo seu desapego aos bens materiais no fim do casamento, que aquilo
certamente tinha feito muito bem a ele. Um dia, seu amigo I. disse-lhe que
pediria a guarda do filho que tivera com a marxista e a revisão da
partilha. Ela começou a gritar com ele, dizendo que, em toda separação, a
mãe só perde a guarda se abusa da criança. Meu amigo I. ofendeu-se
seriamente. Ela é... Os cacos do espelho espalharam-se pelo mundo. (3)
Caso 7. Minha amiga A. é blogueira, provavelmente historiadora, de
esquerda e relaciona-se com o mundo através da ironia. Gosta de
ridicularizar aquilo que acha vulgar, escreve posts semelhantes às
notícias de Caras, mas ao lado de outros com interessantes análises
políticas. Sabe ser engraçada e parece inteligente, mas L. sempre
desconfiou de quem zomba e conhece tanto a vulgaridade alheia. L. fez um
comentário no estilo de A., tendo como mote um erro cometido por ela. Ela
teve um chilique ao supor-se alvejada. Deletou o post inteiro. Ofendeu-se
e ofendeu. Ela é... Os cacos do espelho espalharam-se pelo mundo. (3)
Onde começa a ideologia? Ela vem do íntimo e sobe para a vida social ou é
o contrário? Por que nem sempre ela invade o comportamento? Como alguém
pode isolar as idéias que professa de sua práxis íntima? E o contrário,
faz alguém feliz?
(1) Afirmações reais de amigos reais, falsa e idealmente ouvidas à noite,
em torno de uma mesa, com boa bebida, comida idem, em minha casa ou na da
Helen.
(2) Pessoa inteira: do jargão psi. Trata-se de uma pessoa centrada, mas
não auto-centrada ou em faixa própria. Alguém que possui uma trajetória
com um conceito, com uma essência que o apóia. Pessoa de ética inabalável,
não casuísta. Simplificando, o "inteiro" é o mesmo em qualquer
circunstância, não diz uma coisa e faz outra, nem tem duas caras.
(3) Em A Rainha da Neve (1845), de Hans Christian Andersen (1805-1875), o
diabo fabrica um espelho que exagera os menores defeitos dos objetos
refletidos. Ao elevá-lo ao céu, com o objetivo de lá refletir os anjos, o
espelho escapa das mãos do demônio, partindo-se em milhões de pedaços.
Estes penetram nos olhos e nos corações dos homens, que passam a ver
apenas o mal e a fealdade a seu redor. Neste conto, há a frase Os cacos do
espelho espalharam-se pelo mundo। ( http://www.verbeat.org/blogs/miltonribeiro/

quinta-feira, 12 de abril de 2007

hiperligados

Cinema cheio: cartola e cia. Música, história e emoção. Uma nota triste. Triste e irritante. Vários celulares a piscar mensagens, ligações e/ou relógios. Parece que muitos estão em um plantão permanente, não podem se desligar um segundo sequer. Será a impossibilidade da solidão? Será a impossibilidade de ficar consigo mesmo algum tempinho? Sei não, no mínimo é triste. Uma pergunta martela: para que ir ao cinema e ficar atento ao celular, o tempo todo?

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Cartola

Fui assistir "Cartola", o documentário. Fui, vi e gostei. Gostei tanto que me emocionei: muito. É uma viagem a um tempo da delicadeza. Da delicadeza, da criatividade, da simpatia e da altivez. Um tempo em que os morros do Rio produziam sambas e não balas perdidas. Um tempo em a música e arte populares eram pura poesia e se impunham, pela beleza, ao mercado e ao público. Um tempo em os artistas pobres tinham orgulho de sua vida, de sua batalha e de sua gente. Um tempo, um Rio e um país que passou. Um tempo em que as rosas mais que exalar perfumes, falavam, cantavam e tornavam a vida mais linda. Cartola foi um rei, de uma dinastia legítima que deixou saudades, alguns príncipes, como Paulinho da Viola e uma obra que quanto mais ouvimos, mais nos apaixona. Emocionante e histórico. Cenas recuperadas, filmes que ajudam a contar a história. Linear como a vida, contraditório como viver. Imperdível.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Nossos feriados

Mais um feriado prolongado. Mais um triste recorde nas rodovias mineiras, especialmente nas federais que cortam o estado. Mais uma longa lista de acidentes, feridos e mortos. Uma repetição assustadora e que parece não mais comover, exceto a quem, infelizmente, perde alguém nesta verdadeira roleta russa. E o incrível é que, novamente, a imprudência e a imperícia são as vilãs principais. Quanto melhor a estrada, maior a número de acidentes e maior a gravidade dos mesmos. Segundo o jornal Estado de Minas de hoje, a média DIÁRIA de mortos nas estradas federais em Minas neste ano de 2007 é de duas pessoas. Isso mesmo, duas pessoas por dia morrem nas nossas rodovias. E lista continua. São 30 feridos em 53 acidentes TODOS OS DIAS nas federais mineiras. No ano passado, 2006, a média diária de acidentes foi de 46. Os números nacionais reforçam esta tendência, mas ficam abaixo da nossa média. Para quem não liga muito para a dor de quem perde parentes e amigos ou não se condói com o sofrimento dos feridos, os dados monetários desta loucura são igualmente espantosos. Em um ano o Brasil perde algo em torno de R$22 bilhões com os acidentes de trânsito em todos os tipos de via, federais, estaduais e municipais. É muito dinheiro, mais de 1% do nosso PIB. É a nossa guerrinha particular ? O que fazer?

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Nada me é estranho na humanidade

Fui ver "Pecados Íntimos", o filme. Péssimo título na versão brasileira. O original "Crianças pequenas" é muito mais fiel ao enredo. Mas isso é o de menos. O filme é muito bacana. Inteligente, sensível e corajoso. Sem lugares comuns, apesar de tratar de uma série de lugares comuns. Faz pensar e sentir. Aliás, as duas coisas deveriam andar sempre juntas ? Mas o pragmatismo racionalista batalha para separá-las. E com relativo sucesso. A história não conto. Mas o fundamental é que o filme nos faz ver que a tolerância, mais que os juízos de valor, quase sempre apressados, pode nos salvar. Quando dá tempo, claro. Vale por dois anos de boa terapia. Lembrei-me de um texto do psicólogo Inglês Winnicolt (será que não falta ou sobra alguma letra?), discípulo do velho Freud que dizia que para crescer, as crianças precisam superar a noção/certeza de que é o seu choro que faz com que o seio materno apareça. Ou seja, o mundo nunca é nosso umbigo, por mais que nós desejássemos isso. Na atualidade parece que tudo conspira para nos infantilizar eternamente. Somos uma espécie de crianças permanentemente mimadas e incentivadas a desejar tudo, a toda hora e do jeito que queremos. Não sei não, mas a propaganda consumista, que inferniza a nossa cabeça para querermos tudo sempre tem lá a sua parcela de responsabilidade. Mas a maior ainda é nossa: educação, educação, educação, razão e sensibilidade. Que falta coletiva isso nos faz. Bom, vá ver o filme. Ele é infinitamente melhor que esse texto.

Assim caminha a humanidade

Le Pen, o já histórico líder da ultra-direita Francesa, que disputa novamente a presidência da velha república criada nos idos do século XVIII, vota à carga, após amargar índices em torno de 10% de intenções de voto. Surfando no ressurgimento recente dos confrontos entre jovens periféricos e a polícia parisiense, o porta voz do retrô volta ao seu tema de coração. Para ele as raças são diferentes e desiguais e, para comprovar sua tese racista, afirma candidamente que "os negros são melhores em corrida e os brancos em natação". E de quebra volta a defender a imigração zero como a única saída para os problemas franceses. É de chorar. Aliás, a quantas anda a investigação sobre o atentado piromaníaco contra os estudantes africanos na Universidade Nacional de Brasília? Lá como cá, a serpente apenas dorme.

De controles e controladores

"Interesses ocultos
Antes de começar o caos aéreo, o deputado Alberto Fraga (PFL-DF) promoveu um churrasco com os controladores de vôo, a 24 de setembro, numa chácara em Brasília. Queria votos. Prometeu apoio logístico para os controladores em suas reivindicações salariais. Então revelou que havia um grupo internacional interessado na privatização do sistema de controle aéreo brasileiro. Só privatizando, explicou, seria possível aumentar os
salários." Isto é, 26/09/2006, veja no portal Terra.
O curioso é que o personagem, Alberto Fraga, hoje Demo, é figurinha carimbada em armações políticas no Congresso. Ex policial, ele sempre está presente quando é preciso uma "boa jogada". Pode não ser nada, provavelmente não é tão importante assim, mas que é sempre bom ver as coisas como elas são, isto é.

Da série mundo profundo - 1

Matéria deliciosa do portal uai. Vale ler para conhecermos um pouco o gosto e a cultura populares. Exemplo de boa reportagem e de uma cidade mais complexa do que imagina a nossa vã ignorância:
"A trilha sonora do povão - 03/04/07
Bartô Galeno, O Príncipe dos Teclados, e Júlio Nascimento são celebridades nas lojas de CD do Centro da capital. Discos custam até R$ 13 e as fitas cassete fazem a alegria do freguêsDaniela Mata Machado EM Caras & Bocas
Reproduções/Euler Junior/EMFrancis Lopes nunca foi convidado para ir ao Domingão do Faustão, Cristiano Neves não é nome conhecido entre os ouvintes das rádios FM, e Júlio Nascimento nunca teve clipe exibido pela MTV. Mas eles são, ao lado de outros ilustres desconhecidos do mainstream, os maiores vendedores de discos das lojas de CDs localizadas nas imediações da rodoviária de Belo Horizonte. Ali, o que faz sucesso é forró, sertanejo e música brega. “O brega é música de corno, né? Do cara que foi largado pela mulher. O povo entra na loja e fica falando mal, depois pega o disco escondido, enfia no meio dos outros e corre para o caixa. Todo mundo gosta de brega”, entrega Vítor Hélio, vendedor de uma das lojas da região.Entre os bregas, Bartô Galeno é ícone. Seu hit No toca-fita do meu carro foi lançado na década de 1970 e continua fazendo sucesso. Nas lojas, seus álbuns dividem espaço com os de Zezo, o Príncipe dos Teclados; grupos de forró como Camisa Suada e Balancear; a dupla sertaneja André & Andrade; e o também brega Frankito Lopes, o Índio Apaixonado. Em comum, esses CDs têm o preço: enquanto os discos de repertório de artistas que tocam no rádio e aparecem em programas de TV custam, em média, R$ 27, os álbuns dessa turma menos projetada pela mídia são vendidos a preços que variam entre R$ 10 e R$ 13. Além disso, não é difícil encontrar versões desses álbuns em fitas cassete, que custam R$ 3. É isso mesmo: no momento em que adeptos do MP3 declaram a morte do CD, tem gente no Centro da capital que só compra fitas cassete. “Os mais velhos não conseguem lidar com CD”, explica Vítor Hélio.PríncipeJosé Maria Teixeira Nascimento, mais conhecido como Zezo, o Príncipe dos Teclados, tem 20 CDs e dois DVDs lançados. Apareceu no Programa Raul Gil uma vez, mas seu empresário, Edivaldo Bastos, conta que isso foi há muito tempo. Sua música toca, mesmo, é nas rádios comunitárias de Natal, capital do Rio Grande do Norte, onde ele mora. Há seis meses, renovou contrato com a gravadora Gema e deverá lançar, em apenas um ano, quatro CDs e mais um DVD.Com repertório variadíssimo, que vai do xote à música romântica de Julio Iglesias, passando por Roberto Carlos, forró e samba-canção, o cantor e tecladista é um dos grandes sucessos das lojas do Centro de BH. Os fãs que moram na capital mineira, entretanto, nunca tiveram a chance de vê-lo cantando e tocando, acompanhado pela banda – que inclui percussão, guitarra e sax –, além de três bailarinas e dois bailarinos. O empresário de Zezo diz que está tentando viabilizar uma apresentação do músico na cidade."O povo entra na loja e fica falando mal, depois pega o disco escondido, enfia no meio dos outros e corre para o caixa. Todo mundo gosta de brega" - Vítor Hélio, vendedor de discos"

terça-feira, 3 de abril de 2007

crise aérea: outros olhares

Leia um olhar mais jornalístico e menos editorializado do que a cobertura dos jornais brasileiros sobre a crise aérea, (no caso, texto do El Pais). Sintam a diferença:


"Lula gana una batalla al caos aéreo
El presidente brasileño se impone a las autoridades militares al negociar con los controladores en huelga
JUAN ARIAS - Río de Janeiro - 02/04/2007

El presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, ganó el sábado una importante batalla al impedir que la Fuerza Aérea diese orden de encarcelar a 50 controladores de vuelo militares que se habían amotinado y entrado en huelga de hambre la noche del viernes, lo que llevó al cierre de todos los aeropuertos del país con el consiguiente caos de pasajeros desesperados.

Luiz Inácio Lula da Silva.- EFE

Brasil
A FONDO
Capital:
Brasilia.
Gobierno:
República Federal.
Población:
182,032,604 (2003)
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webs en español
en otros idiomas
Blogs que enlazan aquí
Lula quiso imponerse a las autoridades militares de la Fuerza Aérea a sabiendas que su veto iba a ser criticado y obedecido a regañadientes, para evitar que el país entrase en un caos mayor y que se generalizase en la sociedad el malestar de los pasajeros en los aeropuertos.
Junto con el veto para evitar la detención de los controladores amotinados, hubo un acuerdo entre la Fuerza Aérea y el Gobierno en virtud del cual los controladores, todos, militares ?el 90% de la plantilla? y civiles, ya no estarán directamente bajo el mando de la Fuerza Aérea, sino del Ministerio de Defensa. Se creará un nuevo órgano, el Centro de Control de Circulación Aérea General, de carácter civil, que quedará vinculado exclusivamente al ministro de Defensa. El presidente Lula ha prometido firmar el martes un decreto ley que regulará la transferencia de 1.500 de los 2.400 controladores aéreos militares al nuevo órgano de control civil.
Las características concretas de la desmilitarización del gremio serán concretadas hoy en una reunión en la que participarán el presidente Lula, los ministros de Defensa, de la Casa Civil y de Planificación, además del comandante en jefe de la Fuerza Aérea.
Los controladores aéreos, que también han ganado su batalla, serán recibidos mañana en el palacio presidencial para discutir sus reivindicaciones. Los medios de comunicación publicaron días atrás las denuncias ?anónimas por miedo a represalias? de varios controladores, que señalaron las dificultades con las que trabajan, los peligros que corren los pasajeros y su deseo de ser desmilitarizados como en tantos otros países del mundo.
Los militares han obedecido las órdenes del presidente Lula, pero han querido dejar constancia de su opinión en un comunicado oficial, en el que aceptan que los controladores sean desmilitarizados, pero también afirman que "la posición del Comandante de la Fuerza Aérea, Juniti Saito, y de todo el Alto Mando Militar era que los controladores de vuelo se habían amotinado [durante la huelga del viernes], lo que constituye un delito, al ser militares, y que, por tanto, tenían que haber sido encarcelados"."

de como ficar aéreo diante dos fatos

Do blog Mino Carta, para boas reflexões sobre as análise da nossa mídia:
02/04/2007 16:09Sem condição de decolar
Ah, a rebelião dos sargentos... Mais, muito mais que o enredo do apagão aéreo, enésimo ato da tragicomedia brasileira, convoca a atenção minha e dos meus botões o comportamento da mídia nativa em relação às mais recentes decisões do presidente Lula. Não digo que me espante, ou que me surpreenda de leve, ou que me cause alguma perplexidade. Está claro que não. A mídia nativa é personagem de primeiríssimo plano na tragicomédia brasileira. Tocha e cordas, pratico a espeleologia interior, intima, pessoal. Que sinto neste momento? Talvez uma espécie de melancolia cívica ao constatar que, de verdade, o País não tem a mais pálida condição de decolar. Não são os aviões, é o Brasil, entregue a esta chamada elite, a esses donos do poder que nunca se põem, igual a sol eterno. O editorial do Estadão de hoje, por exemplo, tem a ventura de me rejuvenescer 43 anos. Lá está a “quartelada” que despreza “os princípios basilares da hierarquia e da disciplina”. Ricardo Noblat (tu quoque?) é mais preciso, na sua qualidade de atilado jornalista. Anota que Lula lembrou dos começos de 1964, “quando João Goulart passou a mão na cabeça dos sargentos em greve”, daí houve mais um empurrão para o golpe de 1º de abril. Eliana Cantanhede, na Folha de S.Paulo de domingo, evoca Nostradamus. O governo, diz ela, se indispôs com a cúpula militar, e só o tempo dirá se foi “bom negócio”. E eis a conclusão, pressagio de chuva preta: “A historia costuma dizer que não”. Pincei três exemplos. Há inúmeros, porém, intermináveis. Em todas as passagens há um toque suave de esperança, no gênero “não é tempo para golpes”, ou “a democratização já deitou raízes”, ou “aquele passado não volta”. A reprimenda a Lula é escancarada, no entanto, como se ele estivesse a brincar com o fogo e a submeter risco irreparável ao País e a Nação. Percebe-se, como sempre, a intenção de alvejar o governo, o preconceito de classe, se não for ódio mesmo, ali se mescla com o sonho de desforra depois da derrota tucana. Mas há também, notável, transparente, a incapacidade de entender que ao presidente de uma Republica autentica, e entendida como tal por seus cidadãos, cabe perfeitamente tomar certas decisões e que sua autoridade é infinitamente superior àquela, especifica e circunscrita, de generais, brigadeiros e almirantes. Tenho a granítica convicção, corroborada pela pronta anuência dos meus botões, de que a larga maioria dos cidadãos não tem consciência republicana, a começar pelos graúdos e dos seus menestréis midiaticos. Desmilitarizar o controle aéreo, medida salutar, sem duvida. O caos terminará nos aeroportos. Vai continuar, contudo, na cabeça dos senhores, e é isso o que me preocupa. Ou melhor, me entristece.enviada por mino

O tema da violência de novo...

Repito meu argumento, já desenvolvido neste blog. O buraco é sempre mais em baixo, mas será que os menores não estão "assumindo" muitos crimes praticados por "maiores", para livrar a caras desses últimos? Veja matéria abaixo e reparem que o que aumenta são os crimes mais violentos...
"Crimes de menores crescem 20% em BH
Maioria de ocorrências na Vara da Infância e da Juventude é de roubo e tráfico. Faltam vagas em centros de internação
Izabela Ferreira Alves - Estado de Minas

O número de atos infracionais cometidos por adolescentes em Belo Horizonte aumentou 20% nos dois últimos anos. Em 2005, o Judiciário abriu 3.560 inquéritos contra menores e, no ano passado, 4.206. Nem todas as representações se transformaram em processos. Segundo a juíza Valéria da Silva Rodrigues, da Vara Infracional da Infância e da Juventude, o aumento foi isolado. “Recebemos cerca de 800 inquéritos por mês e 600 deles se tornam processos. No geral, não podemos falar em crescimento da violência”, afirma. Ela diz que a maioria das ocorrências está relacionada ao porte de armas, roubo e tráfico. “Esses atos caminham juntos, acompanhados do aumento do uso de drogas”, acrescenta. A juíza considera que os dados indicam maior eficácia da polícia e critica um dos principais programas de prevenção à criminalidade infanto-juvenil, o Fica Vivo. Contrariando dados do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a juíza afirma não perceber redução de homicídios nas áreas em que foi implantada a iniciativa. “O Fica Vivo foi criado para combater assassinatos, mas devia ter foco voltado para as principais causas das mortes: o tráfico e o porte ilegal de arma”, destaca. Em 2005, foram cometidos 65 homicídios por adolescentes e 74 em 2006. De outubro de 2005 a outubro de 2006, foram mortos 1,4 mil menores. Conforme o delegado Robson Vilela Gomes, chefe interino da Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), o número de atos infracionais de menores cresceu entre 25% e 30% nos dois últimos anos. “O pior é que houve aumento entre 30% e 40% dos crimes violentos”, lamenta. A Dopcad recebe por dia, em média, 15 adolescentes em conflito com a lei e, desde a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, houve avanços, na opinião do policial. “O estado tem feito investimentos, mas municípios e governo federal têm que agir de forma mais incisiva”, ressalta. De acordo com o subsecretário de Atendimento a Medidas Sócio-Educativas, da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Ronaldo Pedron, as vagas para cumprimento de penas em regime aberto são de responsabilidade das prefeituras. “Os centros de internação são o último recurso. A reinserção social com cumprimento de medidas em meio aberto é muito mais eficiente”, salienta. Em Minas, há 300 adolescentes em cadeias. Para resolver o problema da falta de centros de internação, o estado, desde 2003, investe na interiorização das vagas. Naquele ano, eram apenas 400 e, hoje, já são 800. “Nossa meta é oferecermos 1 mil vagas até o fim do ano, mas é importante destacar que a prevenção, em parceria com as secretarias de Estado de Educação, de Assistência Social e outras, vem sendo desenvolvida, paralelamente, e apresenta bons resultados”, diz. De passagem pela Vara Criminal da Infância e da Juventude, um adolescente de 16 anos falou dos motivos que o levaram, com outros dois colegas, a assaltar várias pessoas às margens da Lagoa da Pampulha, com um revólver calibre 32: “Parei de estudar, meu pai foi assassinado e minha mãe me deixou. Moro com uma irmã e não acho justo ver todos os bacanas com dinheiro e eu passar aperto”, alegou. "