sexta-feira, 30 de março de 2007

nada do que é humano me é estranho

Abaixo o post irretocável de Carlos Brickmann sobre o triste episódio da prisão nos EUA do rabino Henry Sobel. Ao que tudo indica, ele vem passando por um problema grave de pertubação mental. Ao que devemos lembrar da frase que dá título a esse post. Ela é da lavra do romano (antigo, do Império) Terencio e foi citada pelo também antigo Karl Marx. É uma ode à tolerância e à compreensão dos nossos limites, miseravelmente humanos.

"O roubo e o rabino
Quando Vladimir Herzog foi torturado e morreu na prisão da ditadura, trêsreligiosos comandaram a reação popular que culminaria com a volta àdemocracia: o cardeal d. Paulo Evaristo Arns, o reverendo Jaime Wright e orabino Henry Sobel. Quando, de acordo com o laudo oficial da morte,Vladimir Herzog seria enterrado na ala dos suicidas do Cemitério Israelitado Butantã, o rabino Sobel interveio, rejeitou a tese oficial do suicídioe garantiu um sepultamento normal. Quando muita gente foi marcada paramorrer pelos torturadores, o rabino Henry Sobel participou da montagem deum esquema para salvá-los, tirando-os do país. Quando se decidiu registrarpara a História o que ocorreu na época das torturas, no livro Brasil NuncaMais, um jornalista, Ricardo Kotscho, e três religiosos, d. Paulo, oreverendo Jaime Wright e o rabino Henry Sobel viabilizaram o projeto.O que aconteceu com as gravatas é visivelmente o resultado de um surto: umproblema mental – que, esperamos, seja temporário – ou derivado deremédios levou o rabino Henry Sobel a um ato ilegal, idiota, sem sentido.Um incidente lamentável, mas uma nota de pé de página numa biografia quaseimpecável." http://www.brickmann.com.br/

Um comentário:

Anônimo disse...

O rabino Henry Sobel é um homem excepcional. Este episódio das gravatas deve ser entendido apenas como um momento de perturbação, algum problema mental, um surto. Visível na foto tirada nos EUA. Tudo isto deve ser esquecido.O Brasil deve muito a ele.