Este post é do Luiz Nassif em seu blog, mas não resisti em reproduzí-lo aqui, imerso como estou com o tema da regulamentação versus liberdade de expressão, falssísima polêmica tão de agrado da grande mídia. vejam:
"Os neo-super-liberais e a publicidade
Olha só a ironia desses recém-super-liberais que acham que qualquer classificação de programas, ainda que meramente indicativa, é interferência indevida do Estado.
A carta a seguir é o Nizan Guanaes, foi publicada hoje na “Folha” a respeito de se proibir comerciais de bebidas em horário nobre. Mostra que em mercados organizados, a classificação indicativa é fundamental.
Do Painel do Leitor
"Acho da maior importância a entrevista com Gilberto Leifert. Séria, técnica e clara. Dela virão outros desdobramentos, mas é preciso que a indústria da comunicação participe deste debate.
Estamos muito mais longe das principais democracias do mundo no que diz respeito ao rigor de comercialização do que em comunicação de cerveja. Se um astro americano é pego dirigindo bêbado, ele vai preso. Isso não ocorre nem de longe no Brasil.
Qualquer garoto pode comprar bebida neste país. Lá fora isso não é admissível. O estabelecimento é fechado se for pego vendendo a menores. A veiculação depois das 20 horas não é tecnicamente eficaz. O que se faz nos Estados Unidos e na Inglaterra é proibição pelo perfil da audiência. Comercial de cerveja só pode ser veiculado em programa com mais de 70% de audiência adulta. O "Bom Dia Brasil", da Globo, vai ao ar às 7h30, e sua audiência é esmagadoramente adulta. As 23h, um canal infantil continua sendo infantil.
Olho técnico na comunicação e rigor absoluto na comercialização é a maneira mais técnica de combate aos abusos do álcool."
NIZAN GUANAES, presidente da Africa Propaganda (São Paulo, SP)
enviada por Luis Nassif"
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